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Precisa de um Neurocirurgião: como tomar a melhor decisão

Precisa de um Neurocirurgião: como tomar a melhor decisão

Neurocirurgião – busque o melhor tratamento

Por Antônio Prates, Neurocirurgião em Belo Horizonte

O médico neurocirurgião atua na realização de procedimentos relacionados ao sistema nervoso, seja na cabeça, na coluna ou nos nervos. Pode-se se dizer que esse profissional opera o “corpo inteiro” pois há estruturas nervosas em todo o corpo. Porém, a maioria dos procedimentos são realizados na cabeça ou na coluna.

A Neurocirurgia é uma especialidade complexa que lida com estruturas muito delicadas do corpo humano. Dessa forma é essencial que o Neurocirurgião trabalhe em hospitais com estrutura de última geração. Entre essa estrutura, podemos citar o microscópio cirúrgico, aparelhos de radiografia, tomografia e ressonância intraoperatória, aspirador ultrassônico, neuronavegador e a monitorização neurofisiológica intraoperatória. Todos esses insumos estão disponíveis nos hospitais privados de alta complexidade do Brasil e em alguns centros de excelência do SUS. A utilização dessa estrutura é um dos fatores que contribui para um ótimo resultado e o Neurocirurgião que atua em hospitais de ponta tem uma maior chance de alcançá-lo.

Outro fator importante diz respeito ao próprio cirurgião. A residência médica em Neurocirurgia dura 5 anos (após a formação médica de 6 anos) e a qualidade da formação está diretamente relacionada à atuação futura do profissional. A residência médica em grandes hospitais de referência tem grande impacto na qualidade do cirurgião. Mas a formação não se restringe somente ao período de residência médica. É necessária a atualização constante através da participação em cursos, congressos e eventos da área. Além disso, alguns profissionais escolhem se subespecializar em algumas das áreas da Neurocirurgia, como “coluna”, “oncologia”, “vascular”, “pediátrica”, entre outras.

Os procedimentos neurocirúrgicos, sejam na coluna ou no crânio, são realizados habitualmente em equipe, com pelo menos 2 cirurgiões, além de anestesista, neurofisiologista, instrumentador, circulante da sala e enfermeiro supervisor do bloco cirúrgico. Sempre estão presentes vários profissionais comprometidos com a melhora do paciente. Algumas equipes chegam a contar com mais de 10 membros para uma única cirurgia.

As sociedades médicas reunem especialistas e são ambientes de discussão, crescimento e troca de conhecimento. Cirurgiões de alto desempenho habitualmente fazem parte de sociedades nacionais e/ou internacionais relativas a sua área de atuação. Algumas delas contam inclusive com exames rigorosos de seleção dos seus membros, como é o caso da Sociedade Brasileiro de Neurocirurgia. Investigue se o seu especialista faz parte das sociedades de especialidade. Essa informação pode ser obtida no canal de divulgação do próprio médico e conferida no site da sociedade.

Tão importante quanto os outros fatores, é imprescindível o suporte inter e multidisciplinar da instituição hospitalar. Desde a equipe do CTI, equipe das enfermarias e apartamentos, enfermagem, fisioterapia, nutrição, entre outros profissionais que atuam ativamente da recuperação do paciente e devem trabalhar em sincronia em busca do ótimo resultado. O Brasil possui vários hospitais que estão nas listas de melhores hospitais do mundo, alguns deles em Belo Horizonte-MG.

Passar por algum procedimento cirúrgico frequentemente gera algum tipo de medo ou insegurança. É uma reação normal do ser humano ao desconhecido. Por isso, é fundamental que você se sinta seguro com o seu cirurgião. Tenha abertura para sanar todas as suas dúvidas e abertura para discutir as opções terapêuticas possíveis no seu caso.

Todos esses fatores devem ser considerados na escolha do seu cirurgião: formação, atualização, estrutura e suporte do hospital onde trabalha, qualidade e comprometimento da equipe e acolhimento ao paciente e família. É claro que complicações e intercorrências podem ocorrer em qualquer procedimento, mas a escolha criteriosa do cirurgião que irá te acompanhar vai reduzir o risco desses eventos e, caso aconteçam, garantir que sejam tratados da melhor forma possível.

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